No intuito de aprimorar o sistema das estatísticas socioeconômicas, o IBGE, em convênio com o Banco Mundial, realizou um projeto piloto de pesquisa multitemática para atender a necessidade de informações que (a) qualifiquem e indiquem os determinantes do bem-estar social de diferentes grupos sociais e (b) permitam identificar os efeitos de políticas governamentais nas condições de vida domiciliar.
O objetivo da pesquisa é fornecer informações adequadas para planejamento, acompanhamento e análises de políticas econômicas e programas sociais em relação ao seus impactos nas condições de vida domiciliar, em especial nas das populações mais carentes.
Substantivamente, a pesquisa proporciona um panorama do bem-estar dos moradores dos domicílios e possibilita o estudo de seus determinantes. Partindo da premissa que quantificar e situar um problema não é suficiente, a pesquisa busca explicações que permitam indicar soluções. Por exemplo, o conhecimento de quantos pobres existem, como e onde moram e o que fazem é apenas uma parte da investigação. Para se produzirem informações que possam subsidiar soluções mais efetivas, é necessário um levantamento detalhado sobre as causas e conseqüências da pobreza. O mesmo princípio se aplica a outras áreas do bem-estar social.
Desta forma, o questionário da pesquisa é planejado para fornecer um conjunto de informações integradas com o objetivo de:
- medir a distribuição do bem-estar e o nível de pobreza, principalmente, em áreas onde predominam a agricultura de subsistência, a economia informal e o emprego sazonal;
- descrever os padrões de acesso e utilização de serviços públicos - educação, saúde, saneamento básico, etc.;
- compreender como os moradores dos domicílios reagem às condições econômicas e aos impactos de medidas governamentais; e
- permitir análises complexas das relações entre os vários aspectos do bem-estar social, como o impacto da saúde no emprego, o padrão de gastos nos níveis nutricionais dos moradores, etc.
A pesquisa, no entanto, não trata os vários temas investigados com a mesma profundidade que as informações levantadas em pesquisas tópicas. Ao mesmo tempo, por ter uma amostra pequena, a precisão dos resultados é menor do que aqueles das pesquisas tópicas. Mas, pela sua abrangência temática, a pesquisa permite um bom resumo multidimensional do bem-estar e o estudo das interações entre os vários fatores.
Northeast Region, Southeast Region
Sample survey data [ssd]
O PLANEJAMENTO DA AMOSTRA
O desenho amostral da PPV - Pesquisa sobre Padrões de Vida - foi discutido com os técnicos do Banco Mundial e a dimensão da amostra foi fixada em função do orçamento disponível para a realização da pesquisa.
Como pesquisa piloto optou-se por sua realização apenas nas Regiões Nordeste e Sudeste do País, considerando 10 estratos geográficos, a saber: Região Metropolitana de Fortaleza, Região Metropolitana de Recife, Região Metropolitana de Salvador, restante da área urbana do Nordeste, restante da área rural do Nordeste, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Região Metropolitana de São Paulo, restante da área urbana do Sudeste e restante da área rural do Sudeste.
Tal como em outras pesquisas domiciliares realizadas pelo IBGE, optou-se por um desenho com dois estágios de seleção, com estratificação das unidades primárias e seleção proporcional a uma medida de tamanho e seleção aleatória das unidades de segundo estágio. A unidade primária é o setor da base geográfica do Censo Demográfico de 1991 e a unidade de segundo estágio é o domicílio.
O tamanho da amostra para cada estrato geográfico foi fixado em 480 domicílios. Em cada estrato geográfico foi fixado em 60 o número de setores a serem selecionados e 8 domicílios em cada setor, com exceção para os estratos que correspondem ao restante da área rural de cada Região onde fixou-se em 30 o número de setores e em 16 o número de domicílios a serem selecionados por setor, em função da dificuldade de acesso a esses setores, o que implicaria em aumento de custo.
O tamanho da amostra fixado foi defendido pelos técnicos do Banco Mundial em função da experiência nos outros países onde a pesquisa foi ou está sendo conduzida, pela necessidade de produzir informações com a maior rapidez possível e por julgar que o objetivo da pesquisa não é produzir tabulações com cruzamentos de variáveis, tal como ocorre com as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, mas o de fornecer indicadores de tendência ou de variação em níveis bastante agregados.
A definição dos estratos estatísticos
Conforme descrito anteriormente, o setor é a unidade primária de amostragem, o domicílio é a unidade secundária e unidade de investigação. A estratificação das unidades primárias de amostragem foi definida em duas etapas: a primeira, considerando a divisão geográfica de interesse, que resultou na definição de 10 estratos geográficos; para cada um dos estratos geográficos, a segunda estratificação foi definida por critérios estatísticos, considerando as informações sobre a renda média mensal do chefe do domicílio, variável que foi investigada no Censo Demográfico de 1991 para todos os domicílios.
A alocação da amostra nos estratos de renda
Vale lembrar que o tamanho final da amostra de domicílios foi fixada em função do custo, mais especificamente dos recursos financeiros disponíveis. Em conseqüência, o tamanho da amostra de setores e o número de domicílios a serem selecionados por setor também foram fixados, a saber: - 60 setores e 8 domicílios por setor, nos estratos geográficos urbanos e regiões metropolitanas (estratos geográficos 1,2,3,4,6,7,8 e 9); - 30 setores e 16 domicílios por setor, nos estratos geográficos rurais (estratos geográficos 5 e 10).
Antes da alocação nos estratos de renda, a amostra total nos 10 estratos geográficos ficou com 540 setores e 4.800 domicílios. Foi utilizada a alocação proporcional, com base no número de domicílios particulares permanentes ocupados, obtidos pelo Censo 91.
Vale lembrar quem, durante o procedimento de alocação, os valores resultantes foram arredondados para o maior inteiro e em um único estrato, após o arredondamento, o valor resultante 1 foi alterado para 2 a fim de permitir o cálculo de variâncias. Como pode ser observado, em função da variabilidade da fração amostral, a amostra resultante não é a autoponderada.
A SELEÇÃO DA AMOSTRA
A seleção da amostra de setores
Para a seleção da amostra de setores, segundo o desenho adotado, qual seja, amostra estratificada com probabilidade proporcional ao tamanho, foi utilizado um programa em linguagem SAS, utilizando a macro de seleção PPTCOM (ver Silva (1989), que foi adaptada para considerar automaticamente os estratos geográficos e estratos de renda definidos. A medida de tamanho adotada foi o número de domicílios em cada setor, conforme definição de hi P mais adiante.
Após a seleção dos setores, foi realizada uma comparação desses setores com os setores pertencentes às amostras da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, da PME - Pesquisa Mensal de Emprego e da amostra selecionada para a POF 96/96 - Pesquisa de Orçamentos Familiares. Como o esquema de seleção das amostras dessas pesquisas é o mesmo, qual seja, seleção com probabilidade proporcional ao tamanho, era de se esperar que houvesse coincidências de setores selecionados para duas ou mais pesquisas. Foram avaliados os procedimentos adotados nessas outras pesquisas para contornar o problema de setores (ou domicílios) serem investigados em mais de um pesquisa no mesmo período. Nenhuma das soluções adotadas em outras pesquisas foi considerada satisfatória, tendo sido decidido substituir os setores coincidentes com os de outras pesquisas, além daqueles que foram selecionados mais de uma vez na própria PPV, uma vez que a seleção foi com reposição.
Em função dessa decisão, foi selecionada uma segunda amostra, usando os mesmos procedimentos adotados quando da seleção da primeira amostra. Dessa segunda amostra foram extraídos todos os setores coincidentes com os das outras três pesquisas, todos os setores coincidentes com os selecionados na primeira amostra e, também, aqueles selecionados mais de uma vez nessa segunda amostra da PPV. Os setores restantes foram analisados comparativamente àqueles a serem substituídos e, para a substituição propriamente dita, foram consideradas algumas variáveis de controle, a saber: estrato geográfico, estrato de renda, situação (urbana ou rural) e tipo de setor (normal ou de favela). Além disso, foi considerado o valor da probabilidade de seleção. Isto significa que um setor substituto tem as mesmas características nas variáveis de controle e tem uma probabilidade de seleção aproximadamente igual à de um setor qualquer dentre os que foram substituídos. Ao todo, foram substituídos 78 setores.
A operação de listagem e a seleção de domicílios
A operação de listagem de setores tem por objetivo construir um cadastro, o mais atualizado possível, dos domicílios existentes nos setores selecionados para a amostra, a fim de permitir a seleção dos domicílios a serem investigados. Em função disso, a operação de listagem foi realizada em quatro etapas, cada uma abrangendo os setores de um trimestre da pesquisa.
Uma vez terminada a listagem dos setores, foi realizada a seleção dos domicílios, que, como definido anteriormente, foi feita com eqüiprobabilidade, considerando os tamanhos de
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Arquivos em formato shp com informações sobre energia e comunicações, hidrografia, índice dos nomes, limites e localidades, relevo, sistema de transporte, e outros mais, tanto do Estado do Rio de Janeiro, como do território nacional; limites municipais apenas dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, bem como de todo Brasil, em formato shp; mapas dos municípios de interesse nesse estudo em formato pdf; e alguns dados censitários com projeções da população para 2060 em formato xls.
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Estudo 2393
Porcentagem de pessoas de uma determinada faixa etária que tem escolaridade de até 3 anos de estudo em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária.
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Estudo 2407
O arquivo representa em seus dados os setores censitários de Salvador, referentes ao último Censo (constitui o retrato da extensão e da profundidade da população brasileira e das suas características) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE realizado em 2010, o setor censitário é a unidade territorial para fins de controle cadastral sendo considerado o "menor grão" em que os microdados do Censo são divulgados. A tabela de atributos traz os dados ligados ao código, tipo de área, nome do subdistrito, nome do distrito, área em km² e a densidade populacional, o que permite ter a ideia em índices dos espaços e característica geral do local, podendo ser utilizado para a localização das áreas. Estudo realizado pelo Instituto Pólis: PRODUTO 3 – Critérios para Seleção e Hierarquização das ZEIS. Salvador, janeiro de 2019;Elaboração: Fundação Mário Leal Ferreira;Projeção UTM 24s Datum horizontal: SIRGAS 2000 - Código EPSG:31984
Intensidade dos deslocamentos para trabalho e estudo na Concentração Urbana de Fortaleza/CE.
A intensidade dos deslocamentos está representada pelo maior valor (relativo, absoluto ou ambos, quando for o caso).
Deslocamento, neste caso, refere-se ao movimento total de pessoas para trabalho e estudo entre dois municípios em questão.
IBGE/DGC/Coordenação de Geografia; IBGE/DGC/Coordenação de Cartografia;
IBGE/DGC/Coordenação de Estrut. Territoriais
IBGE, Censo Demográfico 2010
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Contexto
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1990.O IDH mede o desenvolvimento humano de um país com base em três dimensões principais: Longevidade, medida pela expectativa de vida ao nascer; Educação, avaliada pela média de anos de estudo da população adulta e pelos anos esperados de escolaridade para crianças em idade escolar; e Renda, medida pelo PIB per capita ajustado ao poder de compra. O IDH varia de 0 a 1, sendo que valores mais próximos de 1 indicam maior desenvolvimento humano [https://doi.org/10.1016/j.seps.2019.100778" target="_blank" rel="noopener">1]. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma adaptação do IDH para o contexto dos municípios brasileiros. Ele também considera as mesmas três dimensões (longevidade, educação e renda), mas utiliza indicadores específicos para refletir melhor a realidade local [http://www.atlasbrasil.org.br/" target="_blank" rel="noopener">2]. O IDH para microregiões brasileiras não é obitido facilmente, sendo nescessário a disponibilidade de um conjunto de dados acessível. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi construir um conjunto de dados do IDH de todas as microrregiões brasileiras.
Fonte de dados e processamento
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das microrregiões brasileiras foi calculado utilizando a linguagem R 4.4 com as funçoes group_by e summarise do pacote dplyr. Os municipios foram agrupados por microrregião e foi calculado a média dos IDH municipais. O IDHM foi adiquirido da plataforma Atlas Brasil [http://www.atlasbrasil.org.br/" target="_blank" rel="noopener">2], selecionando as variáveis de IDH geral, educação, longevidade e renda com dados do censo de 2010. Os dados das microrregiões foram adiquiridos do IBGE [https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/redes-geograficas/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html?edicao=16163" target="_blank" rel="noopener">3] e tratados no Microssoft Excel.
Descrição dos dados
São fornecidos dois arquivos. O IDHM.xlsx corresponde ao IDH municipal e o IDH_microrregioes.xlsx correponde aos dados de IDH das microrregoes brasileiras.
Variáveis | Descrição | Tipo |
CD_MICRO | Código IBGE da microrregião | inteiro |
MICROR | Nome da micrrorregião | texto |
UF | Sigla da Unidade Federativa | texto |
IDH | IDH geral | decimal |
IDH_E | IDH de educação | decimal |
IDH_L | IDH de longevidade | decimal |
IDH_ | IDH de renda | decimal |
A PNAD Contínua visa a produzir indicadores para acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, a médio e longo prazos, da força de trabalho e outras informações necessárias para o estudo e desenvolvimento socioeconômico do País.
https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pnadcm
Tabela 6381 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade - Total, coeficiente de variação, variações em relação aos três trimestres móveis anteriores e ao mesmo trimestre móvel do ano anterior, e média anual
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Dados socioeconomicos coletados do site https://www.ibge.gov.br, referentes ao universo censitario dos anos de 2000 e 2010, com a finalidade de estudo quantitativo sobre a exclusão social da cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá. O estudo utiliza de dados estatíticos, para a construção de índices e análises estatísticas, e dados vetoriais para o georreferenciamento e comparação dos resultados para cada período censitário.
Intensidade relativa dos deslocamentos para trabalho e estudo nas Concentrações Urbanas acima de 2,5 milhões de habitantes. Soma dos deslocamentos para trabalho e estudo entre dois municípios dividido pelo total de pessoas que trabalham e estudam no município A ou no município B. A intensidade dos deslocamentos está representada pelo maior valor relativo (Índice de Integração). Deslocamento, neste caso, refere-se ao movimento relativo de pessoas (medido pelo Índice de Integração) para trabalho e estudo entre os dois municípios em questão. IBGE/DGC/Coordenação de Geografia; IBGE, Censo Demográfico 2010
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O quinto capítulo da série Cadernos do Rio - Prévias do Censo apresenta os primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022 para os bairros do município do Rio de Janeiro, a partir da primeira divulgação do IBGE para o recorte dos setores censitários com dados de totais de população.RIO ESTUDOS Nº 4057Este capítulo visa conduzir uma Análise Exploratória de Dados (AED) utilizando os dados Censitários disponibilizados em março de 2024, focalizando principalmente o tamanho da população. Além disso, a utilização da AED visa não apenas compreender as características dos dados, mas também identificar padrões e possíveis percepções que possam informar decisões e estratégias futuras. Os dados aqui apresentados representam resultados datados para o mês de março de 2024, e serão atualizados oportunamente a partir das alterações ocorridas nos limites de bairros da Cidade do Rio de Janeiro, notadamente a inclusão da Barra Olímpica, com alterações nos bairros de Jacarepaguá, Camorim e Barra da Tijuca, e as alterações nos bairros de Vista Alegre, Irajá, Vila da Penha, Brás de Pina, Cordovil e Parada de Lucas.Os dados utilizados neste estudo, provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram agregados por setores censitários e posteriormente associados a informações geográficas de bairros utilizando a análise espacial desenvolvida pelo Instituto Pereira Passos (IPP).
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A Pesquisa Mensal de Serviços - PMS tem como objetivo produzir indicadores que permitam acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos empresariais não-financeiros do setor de serviços, excluindo-se os da saúde e da educação, complementando, através da análise de curto prazo, o mapeamento da estrutura das atividades de serviços no País, efetuado pela Pesquisa Anual de Serviços - PAS. Assim, a uma pesquisa de caráter anual e estrutural, vem se juntar outra de caráter conjuntural, imprescindível para o estudo das variações cíclicas do setor de serviços.
https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pms
Tabela 6443 - Índice e variação da receita nominal e do volume de serviços, por atividades de serviços e suas subdivisões (2014 = 100)
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Tabela 2248ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIALMEDODOLOGIAForam utilizados 8 indicadores, construídos a partir do Censo Demográfico e 2010 do IBGE, para a composição do Índice de Desenvolvimento Social. Buscou-se caracterizar situações relativas tanto ao domicílio quanto às pessoas que o habitam, usando-se variáveis, cujos resultados apurados nos dois Censos, pudessem ser comparados. Os oito indicadores são os seguintes:1. Percentagem de domicílios particulares permanentes com forma de abastecimento de água adequada, ou seja, ligados a rede geral de distribuição;2. Percentagem de domicílios particulares permanentes com esgoto adequado, ou seja, ligados à rede geral de esgoto ou pluvial;3. Percentagem de domicílios particulares permanentes com lixo coletado diretamente por serviço de limpeza ou colocado em caçamba de serviço de limpeza;4. Número médio de banheiros por morador: numerador = nº de banheiros no domicílio particular permanente; denominador = nº total de pessoas no domicílio particular permanente;5. Percentagem de analfabetismo de moradores de 10 a 14 anos em relação a todos os moradores de 10 a 14 anos;6. Rendimento médio dos responsáveis por domicílio (que têm rendimento) em salários mínimos, em valores de 2010;7. Percentagem dos responsáveis por domicílio (que têm rendimento) com rendimento até dois salários mínimos, em valores de 2010;8. Percentagem dos responsáveis por domicílio (que têm rendimento) com rendimento igual ou superior a 10 salários mínimos, em valores de 2010.As oito variáveis escolhidas caracterizam situações relativas tanto ao domicílio quanto às pessoas que o habitam. Para que os dados fossem representativos para os setores censitários, foi necessário usar apenas o questionário do universo dos Censos, o que reduz em muito o número de variáveis disponíveis. Por exemplo para a caracterização socioeconômica das famílias, fomos obrigados a lançar mão de características do responsável pelo domicílio como uma proxy da situação familiar.O Censo 2010-universo não examinou a escolaridade (número de anos de estudo) do responsável pelo domicílio e, portanto, tivemos que nos ater à variável analfabetismo, que nos dois inquéritos cobriu todos os moradores. Como no Rio de Janeiro, as taxas gerais de analfabetismo da população são muito pequenas, usamos o intervalo dos 10 a 14 anos de idade, no qual o fenômeno apresenta maior variabilidade, entre todos os espaços examinados.Os indicadores de renda em 2010 foram calculados em número de salários mínimos vigentes nesse ano ( 1 salário mínimo = R$ 510,00). No aspecto de acesso aos serviços de saneamento básico, o IBGE investigou, em todos os domicílios do país, os três componentes mais importantes: abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Isso permitiu ao IDS incorporar uma ampla visão sobre o tema. Não obstante, como, na sistemática censitária, as perguntas se restringem às “formas” de acesso àqueles serviços, aspectos importantes sobre qualidade, periodicidade, custo e interação com outros serviços nunca são contemplados.No aspecto da habitabilidade, o indicador mais representativo, e mesmo empregado para medir a inadequação da moradia, é o número de moradores por cômodos utilizados como dormitório. Na ausência desta última variável no questionário do universo e de outras sobre a qualidade da construção da casa, optou-se pelo número médio de banheiros por pessoa, conforme descrito acima. Esse pareceu ser, entre indicadores passíveis de serem construídos, o mais adequado.FORMA DE CÁLCULOPara a elaboração do IDS, a exemplo do cálculo do IDH e de muitos outros índices sintéticos, procede-se, em primeiro lugar, à “normalização” dos valores de cada um dos 8 indicadores, transformando-os em índices comparáveis entre si. Isso é feito para que todos sejam compatibilizados e tenham o mesmo intervalo de variação numa escala de 0 a 1 (0= menor valor; 1 = maior valor) No caso dos indicadores 5 e 7, os valores foram invertidos para que seguissem a mesma lógica dos demais, ou seja quanto maior o valor do indicador, melhor a situação. Para tanto, a "normalização" dos indicadores, aplicou-se a fórmula abaixo: VNij = 1 – (MVi – Vij) / (MVi – mVi), onde: VNij = valor normalizado na escala de 0 a 1 do indicador i no lugar jMVi = maior valor obtido pelo indicador i entre todos os lugares pesquisados;mVi = menor valor obtido pelo indicador i entre todos os lugares pesquisados;Vij = valor obtido pelo indicador i no lugar j No caso dos indicadores 5 e 7, diferentemente dos demais, quanto maior o valor do indicador pior a situação. Assim para a taxa de analfabetismo e para a proporção dos responsáveis ganhando até dois salários mínimos, os valores foram “invertidos” para que seguissem a mesma lógica de todos os outros e a fórmula adotada foi a seguinte:VNij = 1 – (mVi – Vij) / (mVi – MVi) Nota importante: a rigor este tipo de índice sintético e normalizado só permite comparações entre os elementos do grupo para o qual foram calculados. Por exemplo, o IDH de um país é perfeitamente comparável com o de outro, pois o índice foi calculado para o grupo “países do mundo”. O IDH—Município, calculado pela Fundação João Pinheiro-MG para todos os municípios brasileiros, permite uma legítima comparação entre os municípios, mas não destes com os países. No presente estudo, o IDS carioca foi calculado para um grupo de referência constituído por: • 10.144 setores censitários de 2010, com dados válidos• 5 Áreas de Planejamento (AP) com dados de 2010;• 16 Regiões de Planejamento com dados 2010;• 33 Regiões Administrativas (RA) com dados de 2010;• 160 bairros em 2010;• 855 favelas, com dados válidos em 2010. As favelas, aqui utilizadas, resultaram de um ajuste entre os aglomerados subnormais do IBGE e as favelas cadastradas em 2010 pelo IPP. Dessa forma é possível comparar, entre si, o IDS obtido por todas as 11.213 unidades territoriais com dados de 2010, pertinentes ao índice.
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Dados utilizados para as correlações estatísticas entre as medidas sintáticas e características socioeconômicas e de uso e ocupação do solo urbano, fornecidas pelo Censo Demográfico IBGE 2010.
Mapa com a tipologia da Concentração Urbana de “Brasília/DF” em detalhes O estudo utilizou a análise de agrupamento na metodologia e as áreas de ponderação para a análise, classificando em 11 tipos (A até K). A tipologia apresenta, nas Concentrações Urbanas, a composição da área urbana considerando as diferentes condições de vida. Tipologia intraurbana das Médias e Grandes Concentrações Urbanas brasileiras, além de Palmas (TO) e Boa Vista (RR), num total de 65 Concentrações brasileiras. "IBGE/DGC/Coordenação de Geografia; IBGE/DGC/Coordenação de Cartografia; IBGE/DGC/Coordenação de Estrut. Territoriais IBGE, Censo Demográfico 2010"
Bens duráveis no domicílio particular permanente - 2010. Percentual de bem durável automóvel do domicílio no Censo Demográfico 2010. Pesquisou-se a existência, no domicílio particular permanente, de alguns bens duráveis (independentemente de serem próprios, cedidos ou alugados), desde que estivessem em condições de uso. Considerou-se como tendo automóvel para uso particular o domicílio particular permanente em que pelo menos um de seus moradores possuísse automóvel de passeio ou veículo utilitário para passeio ou locomoção de morador(es) do domicílio para o trabalho ou estudo. IBGE, Censo Demográfico 2010.
Mapa com a tipologia da Concentração Urbana de “Curitiba/PR” em detalhes O estudo utilizou a análise de agrupamento na metodologia e as áreas de ponderação para a análise, classificando em 11 tipos (A até K). A tipologia apresenta, nas Concentrações Urbanas, a composição da área urbana considerando as diferentes condições de vida. Tipologia intraurbana das Médias e Grandes Concentrações Urbanas brasileiras, além de Palmas (TO) e Boa Vista (RR), num total de 65 Concentrações brasileiras. "IBGE/DGC/Coordenação de Geografia; IBGE/DGC/Coordenação de Cartografia; IBGE/DGC/Coordenação de Estrut. Territoriais IBGE, Censo Demográfico 2010"
U.S. Government Workshttps://www.usa.gov/government-works
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A Pesquisa Mensal de Comércio - PMC tem como objetivo produzir indicadores que permitam acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos do comércio varejista, complementando, através da análise de curto prazo, o mapeamento da estrutura da atividade comercial no País, efetuado pela Pesquisa Anual de Comércio - PAC. Assim, a uma pesquisa de caráter anual e estrutural, vem se juntar outra de caráter conjuntural, imprescindível para o estudo das variações cíclicas do comércio varejista e para o acompanhamento do consumo no País.
https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pmc
Tabela 3416 - Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista, por tipos de índice (2014 = 100)
Mapa com a tipologia das Concentrações Urbanas de "Cuiabá/MT", Anápolis (GO), Campo Grande (MS) e "Goiânia/GO" O estudo utilizou a análise de agrupamento na metodologia e as áreas de ponderação para a análise, classificando em 11 tipos (A até K). A tipologia apresenta, nas Concentrações Urbanas, a composição da área urbana considerando as diferentes condições de vida. Tipologia intraurbana das Médias e Grandes Concentrações Urbanas brasileiras, além de Palmas (TO) e Boa Vista (RR), num total de 65 Concentrações brasileiras. "IBGE/DGC/Coordenação de Geografia; IBGE/DGC/Coordenação de Cartografia; IBGE/DGC/Coordenação de Estrut. Territoriais IBGE, Censo Demográfico 2010"
No intuito de aprimorar o sistema das estatísticas socioeconômicas, o IBGE, em convênio com o Banco Mundial, realizou um projeto piloto de pesquisa multitemática para atender a necessidade de informações que (a) qualifiquem e indiquem os determinantes do bem-estar social de diferentes grupos sociais e (b) permitam identificar os efeitos de políticas governamentais nas condições de vida domiciliar.
O objetivo da pesquisa é fornecer informações adequadas para planejamento, acompanhamento e análises de políticas econômicas e programas sociais em relação ao seus impactos nas condições de vida domiciliar, em especial nas das populações mais carentes.
Substantivamente, a pesquisa proporciona um panorama do bem-estar dos moradores dos domicílios e possibilita o estudo de seus determinantes. Partindo da premissa que quantificar e situar um problema não é suficiente, a pesquisa busca explicações que permitam indicar soluções. Por exemplo, o conhecimento de quantos pobres existem, como e onde moram e o que fazem é apenas uma parte da investigação. Para se produzirem informações que possam subsidiar soluções mais efetivas, é necessário um levantamento detalhado sobre as causas e conseqüências da pobreza. O mesmo princípio se aplica a outras áreas do bem-estar social.
Desta forma, o questionário da pesquisa é planejado para fornecer um conjunto de informações integradas com o objetivo de:
- medir a distribuição do bem-estar e o nível de pobreza, principalmente, em áreas onde predominam a agricultura de subsistência, a economia informal e o emprego sazonal;
- descrever os padrões de acesso e utilização de serviços públicos - educação, saúde, saneamento básico, etc.;
- compreender como os moradores dos domicílios reagem às condições econômicas e aos impactos de medidas governamentais; e
- permitir análises complexas das relações entre os vários aspectos do bem-estar social, como o impacto da saúde no emprego, o padrão de gastos nos níveis nutricionais dos moradores, etc.
A pesquisa, no entanto, não trata os vários temas investigados com a mesma profundidade que as informações levantadas em pesquisas tópicas. Ao mesmo tempo, por ter uma amostra pequena, a precisão dos resultados é menor do que aqueles das pesquisas tópicas. Mas, pela sua abrangência temática, a pesquisa permite um bom resumo multidimensional do bem-estar e o estudo das interações entre os vários fatores.
Northeast Region, Southeast Region
Sample survey data [ssd]
O PLANEJAMENTO DA AMOSTRA
O desenho amostral da PPV - Pesquisa sobre Padrões de Vida - foi discutido com os técnicos do Banco Mundial e a dimensão da amostra foi fixada em função do orçamento disponível para a realização da pesquisa.
Como pesquisa piloto optou-se por sua realização apenas nas Regiões Nordeste e Sudeste do País, considerando 10 estratos geográficos, a saber: Região Metropolitana de Fortaleza, Região Metropolitana de Recife, Região Metropolitana de Salvador, restante da área urbana do Nordeste, restante da área rural do Nordeste, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Região Metropolitana de São Paulo, restante da área urbana do Sudeste e restante da área rural do Sudeste.
Tal como em outras pesquisas domiciliares realizadas pelo IBGE, optou-se por um desenho com dois estágios de seleção, com estratificação das unidades primárias e seleção proporcional a uma medida de tamanho e seleção aleatória das unidades de segundo estágio. A unidade primária é o setor da base geográfica do Censo Demográfico de 1991 e a unidade de segundo estágio é o domicílio.
O tamanho da amostra para cada estrato geográfico foi fixado em 480 domicílios. Em cada estrato geográfico foi fixado em 60 o número de setores a serem selecionados e 8 domicílios em cada setor, com exceção para os estratos que correspondem ao restante da área rural de cada Região onde fixou-se em 30 o número de setores e em 16 o número de domicílios a serem selecionados por setor, em função da dificuldade de acesso a esses setores, o que implicaria em aumento de custo.
O tamanho da amostra fixado foi defendido pelos técnicos do Banco Mundial em função da experiência nos outros países onde a pesquisa foi ou está sendo conduzida, pela necessidade de produzir informações com a maior rapidez possível e por julgar que o objetivo da pesquisa não é produzir tabulações com cruzamentos de variáveis, tal como ocorre com as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, mas o de fornecer indicadores de tendência ou de variação em níveis bastante agregados.
A definição dos estratos estatísticos
Conforme descrito anteriormente, o setor é a unidade primária de amostragem, o domicílio é a unidade secundária e unidade de investigação. A estratificação das unidades primárias de amostragem foi definida em duas etapas: a primeira, considerando a divisão geográfica de interesse, que resultou na definição de 10 estratos geográficos; para cada um dos estratos geográficos, a segunda estratificação foi definida por critérios estatísticos, considerando as informações sobre a renda média mensal do chefe do domicílio, variável que foi investigada no Censo Demográfico de 1991 para todos os domicílios.
A alocação da amostra nos estratos de renda
Vale lembrar que o tamanho final da amostra de domicílios foi fixada em função do custo, mais especificamente dos recursos financeiros disponíveis. Em conseqüência, o tamanho da amostra de setores e o número de domicílios a serem selecionados por setor também foram fixados, a saber: - 60 setores e 8 domicílios por setor, nos estratos geográficos urbanos e regiões metropolitanas (estratos geográficos 1,2,3,4,6,7,8 e 9); - 30 setores e 16 domicílios por setor, nos estratos geográficos rurais (estratos geográficos 5 e 10).
Antes da alocação nos estratos de renda, a amostra total nos 10 estratos geográficos ficou com 540 setores e 4.800 domicílios. Foi utilizada a alocação proporcional, com base no número de domicílios particulares permanentes ocupados, obtidos pelo Censo 91.
Vale lembrar quem, durante o procedimento de alocação, os valores resultantes foram arredondados para o maior inteiro e em um único estrato, após o arredondamento, o valor resultante 1 foi alterado para 2 a fim de permitir o cálculo de variâncias. Como pode ser observado, em função da variabilidade da fração amostral, a amostra resultante não é a autoponderada.
A SELEÇÃO DA AMOSTRA
A seleção da amostra de setores
Para a seleção da amostra de setores, segundo o desenho adotado, qual seja, amostra estratificada com probabilidade proporcional ao tamanho, foi utilizado um programa em linguagem SAS, utilizando a macro de seleção PPTCOM (ver Silva (1989), que foi adaptada para considerar automaticamente os estratos geográficos e estratos de renda definidos. A medida de tamanho adotada foi o número de domicílios em cada setor, conforme definição de hi P mais adiante.
Após a seleção dos setores, foi realizada uma comparação desses setores com os setores pertencentes às amostras da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, da PME - Pesquisa Mensal de Emprego e da amostra selecionada para a POF 96/96 - Pesquisa de Orçamentos Familiares. Como o esquema de seleção das amostras dessas pesquisas é o mesmo, qual seja, seleção com probabilidade proporcional ao tamanho, era de se esperar que houvesse coincidências de setores selecionados para duas ou mais pesquisas. Foram avaliados os procedimentos adotados nessas outras pesquisas para contornar o problema de setores (ou domicílios) serem investigados em mais de um pesquisa no mesmo período. Nenhuma das soluções adotadas em outras pesquisas foi considerada satisfatória, tendo sido decidido substituir os setores coincidentes com os de outras pesquisas, além daqueles que foram selecionados mais de uma vez na própria PPV, uma vez que a seleção foi com reposição.
Em função dessa decisão, foi selecionada uma segunda amostra, usando os mesmos procedimentos adotados quando da seleção da primeira amostra. Dessa segunda amostra foram extraídos todos os setores coincidentes com os das outras três pesquisas, todos os setores coincidentes com os selecionados na primeira amostra e, também, aqueles selecionados mais de uma vez nessa segunda amostra da PPV. Os setores restantes foram analisados comparativamente àqueles a serem substituídos e, para a substituição propriamente dita, foram consideradas algumas variáveis de controle, a saber: estrato geográfico, estrato de renda, situação (urbana ou rural) e tipo de setor (normal ou de favela). Além disso, foi considerado o valor da probabilidade de seleção. Isto significa que um setor substituto tem as mesmas características nas variáveis de controle e tem uma probabilidade de seleção aproximadamente igual à de um setor qualquer dentre os que foram substituídos. Ao todo, foram substituídos 78 setores.
A operação de listagem e a seleção de domicílios
A operação de listagem de setores tem por objetivo construir um cadastro, o mais atualizado possível, dos domicílios existentes nos setores selecionados para a amostra, a fim de permitir a seleção dos domicílios a serem investigados. Em função disso, a operação de listagem foi realizada em quatro etapas, cada uma abrangendo os setores de um trimestre da pesquisa.
Uma vez terminada a listagem dos setores, foi realizada a seleção dos domicílios, que, como definido anteriormente, foi feita com eqüiprobabilidade, considerando os tamanhos de